É COISA DE QUEM?
Livre, liberdade, sentimento. Qual palavra?
Onde se esconde? Para aonde vai?
Tudo versus nada, toda falha. Qualquer tudo.
É coisa sua meu bem.
Para, anda, senta,
Violenta paixão.
Coisa certeira, vai de primeira,
E adentra o coração.
Sinto, me pergunto, te interrogo,
Volto, nem fui.
Chego, ando, vejo o nada, e o tudo.
É Coisa nossa meu bem.
Alma nua, comida crua,
Beijo de lua, coisa de papel.
Amor, dor, vidro.
Infinito, o azul. Eu em ti.
O não. A dúvida, bala perdida.
Alma impura. Hipocrisia.
Atitudes do dia. Tempo sem rumo. Relógio perdido.
É coisa do povo meu bem.
O coração pulsou. A emoção me corrompeu.
O amor mais forte que eu, mais uma vez me dominou. Cedi.
Cá dentro, vivo à face dos meus encantos, um amor íntimo,
Mais forte que eu. Rendi-me sem pranto.
E mais que tudo, é coisa nossa meu bem.
Rônet Alves de Matos.
Aracati, tarde de 18 de agosto de 2010.