Estrela-Guia
Sobre a mesa circular, luz chama a chama
Vela secular – Nós dois à mesa de um bar!
Outras voltas, portas, meu dilema...
Mais que isso, verdadeiro semantema
Minha sina, menina dos lábios leves
A digressão das tuas palavras tão breves
Não mais dormir puderam-me deixar
E o dobre, lento ao dobrar-me à lucubrar
E teu andar luxuriante, ante meus olhos brilhantes
Em contraste ao nobre fato, teu pensar macabro
Disseste-me tanto quanto antes
Um amor entre beijos gelados
E o domínio das eras, ou a luz da excelência
Não mais traduzirei com a mesma veemência
Depois de desejar-te acima de todo o poder
E tocar-te assim, em cada amanhecer
E ao traço dos teus olhos, meus olhos em teus traços
Tão incrível tal cabível epíteto vão
És enfim tão linda em teus embaraços
Ainda que inibida, queiras convencer-me de um não...
Os signos em tua mente, incontrolável corrente
De energia benigna em tuas veias, alucina!
Explodindo um cosmos incandescente
Revelando-te ao norte a estrela-guia
Ainda que não a queiras seguir...