Espinhos

Talvez eu nunca saberei

O sentido dos caminhos

E talvez eu nunca amarei

Suas mãos feridas por espinhos

Sobraram alguns nelas que me ferem

A cada tentativa falha de me tocar

Todos esses espinhos juntos conseguem

Me fazer sangrar, sem ao menos matar

Matar essa semivida que carrego

Que nunca trouxe nem pouca sorte

Talvez eu peguei um pouco deste mundo cego

E o que de fato carrego é uma semi-morte

Tente olhar pra mim sem ferir o coração

Pois a cada gota de sangue do seu peito

Milhões explodem jorrando de emoção

Dessa minh’alma com defeito.