Amor platônico

Amor, palavra escusa e fugidia

que inflama o coração em mil tormentos,

fornalha a incinerar a carne fria

na pira funeral dos sentimentos...

Pois é o amor a morte de si mesmo,

a pena do martírio desejado

correndo o risco de esvair-se a esmo

em busca do distante ser amado.

Amor... um horizonte sempre à frente

etérea divindade sorridente

a penetrar nas almas sua graça...

Um barco que abandona o cais do porto,

o amigo que, encontrado em meio ao horto

tentamos abraçar... mas é fumaça!

Marcel Gustavo Alvarenga
Enviado por Marcel Gustavo Alvarenga em 17/08/2010
Código do texto: T2442861
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