no meu aconchego
aconchegue-se aqui
na minha alcova
e vamos sorrir do mundo
e vamos chorar por nós
aconchegue-se aqui
no meu regaço
e vamos zombar de tudo
aquilo que não tivemos
vamos rezar por nós
pra que não nos desperdicemos
pra que sejamos sensatos
o suficiente pra permitir outros atos
que, não sendo clarividentes,
nos mostrem onde foi que acertamos
aconchegue-se aqui
na minha banheira
e vamos manter a torneira
aberta pra que entupam o ralo
as nossas lamúrias
que as nossas luxúrias transbordem
e molhem o piso cerâmico
aconchegue-se aqui
no meu pânico
abrace-me e beije-me forte
de uma forma viril
como só você foi que viu
o medo se dissipar...
aconchegue-se aqui
e vamos amar