“Coração de Pedra”
Confessar meu amor não é fácil, sou Homem
Sisudo de cara dura, sou por tanto sofrer na
Peleja desta vida, onde aprendi sobreviver
Entre dor e tormenta, confessar meu amor só
Com peito sangrando de tanto penar, aprendi
Que palavras doces não emanam de uma boca
Donde o coração e vazio, ou repleto de dureza!
Não ouso expor-me em escuras noites meus
Prantos, não tem nem se quer um canto onde
Possa ser eu um pouco manso, ou deleitar-me
Em um aconchego. Não confesso meu amor
Nem em braços macios das amantes das muitas
Corruptelas, para tantos sou peão de longínquas
Jornadas, carrego no peito um coração sem
Portas, apenas pedras em seu lugar.