Falta Insana

Falta Insana

Saudoso frescor da paixão

Que arranca impiedosamente

As nuvens do céu e da mente

Que todavia, contudo ou então

Sobre o naufrágio profundo da razão

Navegam dois e tão somente

A semente que já nasce grande

Depois finalmente encolhe – não se expande

E, após o furor, se faz dormente

Até chegar ao estupor

À falta insana de um amor

Que inflame intensa e eternamente

(Djalma Silveira)