ANONIMATO
Falo- te que será:
os últimos poemas,
o último lascivo olhar.
Bem sei que minto,
pois sobrevivo desse
incessante datilografar.
Podes dar-me as costas,
podes também ignorar.
Um dia, terás tempo
de ler esse mero relato,
que fiz no anônimato,
só para te esperar...
E vais pensar com mágoa:
“Puxa... que tempo perdi!
Aquela que me amava,
que eu tanto procurava,
não me espera mais aqui”.
Estarei atrás das cortinas,
demente, a te bisbilhotar...
E direi sem pestanejar:
“agora é tarde,seja feliz!”
Que bom que sou boa atriz.
Falo- te que será:
os últimos poemas,
o último lascivo olhar.
Bem sei que minto,
pois sobrevivo desse
incessante datilografar.
Podes dar-me as costas,
podes também ignorar.
Um dia, terás tempo
de ler esse mero relato,
que fiz no anônimato,
só para te esperar...
E vais pensar com mágoa:
“Puxa... que tempo perdi!
Aquela que me amava,
que eu tanto procurava,
não me espera mais aqui”.
Estarei atrás das cortinas,
demente, a te bisbilhotar...
E direi sem pestanejar:
“agora é tarde,seja feliz!”
Que bom que sou boa atriz.