FRIO NA BARRIGA

Como fugir do ato inevitável,
quando o perigo causa êxtase?
Por que o eminente “pecado”,
mesmo sendo bucólico, mortal,
mora distante, quase ao lado?

O não “poder” atormenta,
o não “dever” é fascinante,
o imaginar é maravilhoso...
A noite é sempre inquietante.

Se eu pudesse,
se você quisesse..

Eu quero...
Embora não deva!
Você pode...
Embora não queira!

Frio na barriga!!!

Você nem imaginava,
de repente vai querer!
Mais frio na barriga...

E ficamos nós dois,
conversando por olhares.
Dia sim, quem sabe no outro.
Em cartas eletrônicas,
decorando o código-morse,
por meio de tele transporte
usando sinais de fumaça.

Bússolas sem ponteiros,
alimentando- se de e-mails,
que quase nunca chegam:
utilizam cartas sem selo.

Ah... se você quisesse,
Ah... se eu pudesse.
Seria meu bem querer...
Frio na barriga.
Railda
Enviado por Railda em 16/08/2010
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T2440732
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