NUDEZ MATINAL

Mui’sensual, ao sublime, igual,

é o despir do véu que hoje cobre

sua louca e linda nudez matinal –

quero-a em mim, nueza imoral,

neste amor que já não tem mais fim.

Sou enfim em seu querer se dar,

há você para meu viver, amar,

lembrar

de quando primeiro beijo se deu

feliz porque se quis, estar.

Carne e espírito se unem agora

nesta manhã de luz, que o dia abre...

e deita-se sobre as flores do campo,

das quais flui o néctar

na explosão do desejo,

quando o prazer revigora o sonho,

onde vejo-me solto

e puro neste ensejo

de amor, que ora vejo...

e festejo...

em mim...

em você...

com você...

Nota do autor.

“A sublime beleza de’um fazer amor ao amanhecer.”

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 15/08/2010
Reeditado em 15/08/2010
Código do texto: T2439727
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