TERROIR
TERROIR
Uma textura fina, suave
Um abraço sincronizado com um longo beijo
Há alguns segundos seus cabelos negros e lisos se escorriam sobre meus olhos
Tua pele sutilmente morena tocava meu corpo
Teu gosto infinitamente volúpio refratavam em minhas papilas
E degustava teus dedos
E a acidez de sua jovialidade chorava em minha taça
Entreguei-me como o faz o derrotado
A senti como sente o embriagado
Minha sede era tal qual tua casta
Finalmente madura
Pontualmente pronta
Chamar-te-ei de “Terroir”
Chamar-te-ei de “quinto elemento”
Não és solo...
Não és clima...
Não és varietal
Não és a ação do homem
És a ação de Deus
Que do firmamento chorou, quando eu chorava
E com uma taça na mão
Multiplicou o primeiro milagre de teu Amado
amada,
safrada,
sagrada,
Beberei a teu corpo
Saúde!
Sérgio Ildefonso 02.02.2007
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