Bate coração, velho moinho em abandono
Na estrada tortuosa, nos fundos da planície fria
Cheia de mágoas e de sonhos

Bate pelos amores que atravessaram o céu
Como pássaros fugindo dos caçadores 
Desaparecendo nos baços horizontes 

Bate coração, inundado de desejos
A molhar minha seca alma 
Nas paisagens do futuro, que já não me vejo
 
Bate que nenhum vento trará de volta  
O cheiro das flores, das manhas tão belas
Bate, a chamar as esperanças que não voltam

Bate moinho entregue a própria sorte e sevicias
Acompanha-te as teias do tempo
Cobre-te o deserto de vozes e caricias!
 
 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 15/08/2010
Reeditado em 20/10/2023
Código do texto: T2439161
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