Sob a luz dos Escribas
Ouvindo, violas enluaradas,
Ato-me em versos viajantes
Guardados no peito, como tu,
Guardada no coração!
Orvalho, face,
Lírios no divagar!
Olhando para linha do horizonte,
Vislumbro-te em estrelas cadentes
Brilhando no mar, devaneios,
Espelhados n’alma!
Arrepios, corpo,
Lençol pelo sonhar!
Plantando, palavras ecléticas
Doo-me em verbos misteriosos
Insinuados na voz, tu, pelos trigais
Embriagada em nuances!
Traços, mãos,
Amanhecer em Paris!
Vinculando, pinturas idílicas,
Descrevo-te em alquimias antológicas
Apontadas no templo, melancolia,
Sob a luz dos escribas!
Velas, amor,
O perfume perpetuado!
Auber Fioravante Júnior
121/08/2010
Porto Alegre - RS