Horas Vagantes
Que sejam uivantes.,
Os ventos, as talhas embevecidas
Nas horas vagantes pelo tempo
Onipresente ao sonhar pleno,
Absoluto entre cores de pandora!
Meu guia,
O firmamento no constante
Movimento introspectivo,
Razão da escrita, instrumento,
Selado em alvas consoantes!
Minha musa,
É raio de luar cruzando jardins,
Botão em ensejos, flor de desejos,
Âncora do sentimento em raras quimeras...
Minha diva,
É raio de sol na aurora boreal,
Clave em melodia, opereta sensual,
Nave pelos mares em ondas de alento...
Meu segredo,
Esta exposto nas entrelinhas
Inundadas de fantasias,
Emoção da tatuagem, pureza,
Grafada em pele e solidão!
Que sejam escreventes
As brisas, as páginas abertas
Na pescaria das ilusões
Sublimadas ao soar das cordas,
Únicas a plenitude do beijo!
Auber Fioravante Júnior
11/08/2010
Porto Alegre - RS