Ver você depois do tempo de nós dois...
Ver você depois do tempo de nós dois...
Ver você depois do tempo de nós dois...
No mesmo lugar da primeira de que o conheci.
Saber que estava ali tão perto, mas agora tão, tão distante.
Aquele que um dia pensei meu já não mais.
Agora apenas um estranho, pior que isto.
Alguém a quem olho e não posso mais ver.
A quem cumprimento sem olhar nos olhos.
A quem evito um olhar para não desfalecer.
O coração dispara, as pernas tremem e bambeiam.
Uma vertigem ameaça me jogar ao chão.
Um choro incontido explode em minh´alma.
Ainda não pode rolar em minha face, nem me esvaziar.
Tive que hipocritamente substituí-lo por um sorriso irônico.
Tive que fingi-lo nula para que você não me percebesse real.
Mas então de tudo o que era dor, engasguei e me fiz altiva.
Firmei-me no amigo ao lado e nos demais amigos.
Como que cantorolei fingi, mas não fui eu jamais.
Não sou fingimentos, ainda sou você.
Não sou ilusão, apenas incompreensão de um fim.
Mas a vida é assim, impactos.
E no mais tudo passa, o importante é viver.
O sofrimento da vida ao poeta.
Ele o alimento e lhe dá cimento e tijolos para construções.
Além de tudo há um Deus que é por nós.
O que mais podemos querer?
Celebremos a tudo então: a vida, a dor, o amor e desamor.
A alegria e a tristeza, o choro e o sorriso.
O sufocar de sentimentos e o engasgo de um adeus.
O poder voltar para casa e dormir e saber que amanhã é um novo dia.
Celebremos então: a você, a mim, a nós e não mais a NÓS.