AMNÉSIA



No distante passado,
fostes meu amado.
Quando tu chegaste,
tudo era parado,
de repente: iluminado...

Não há explicação,
para tão louca paixão.
Pena que só eu assisti,
romance de folhetim:
Tim tim...

Hoje, tratas-me sorrindo,
finges não lembrar de mim.
Olhas-me como estranha,
para tudo tem um fim.
Amnésia sim...

Então, sigo escrevendo,
relatando os momentos,
para fazê-lo lembrar.
Continuam os lamentos,
não quero mais chorar...

Resta-me o último beijo,
resta-me o final abraço,
falar da saudade infinita
e dormir nos teus braços.
Não mais acordar...

Às vezes, flagro-te ausente.
Prestes a, quem sabe, lembrar.
Depois, de súbito te recobras,
Finges novamente amnésia,
recobras o distante olhar.
Suspiro e deixo de sonhar...

 
Railda
Enviado por Railda em 13/08/2010
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T2435927
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