(Sem titulo)

Como é longa à distância

Do querer ao poder

Metamorfoses do ser

Superaram o spleen do viver

Como de desejo padeço

Em longüinas horas cioso

Outrora sempre o vejo

Em sonhos flamantes

Que em chama crestava

Corpos de transparências, nudez faceira.

Suaves pecados cometido, flagrantes...

Mãos que se deslizam e escarapela

Marcou-se de dores prazerosas

Moções de idéias deliciosas

Quando do lascivo de engano

Penso, se es mesmo tafulião de engenho...

Do predador corres a pressa

Ficou manieta... Surpresas?

Não, não fiques! Apenas submeta-se

Já que esmerou-se

E de predadora sois pressa fácil,

Mostrei-me suculenta porém sutil

Se me provando, envenena-se;

Do desejo o gosto da carne

Do vinho saborei meu sangue

Do pecado que hoje compartilho

Será a tua punição

Uma prece, sua oração.

Criado em 2008.

SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 12/08/2010
Reeditado em 13/08/2010
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