Poema 0815 - Quando sou sol
Insano, sou quando banho seu corpo,
sou a água que limpa a alma,
deixando semente na pele, dentro e fora,
quando meu gozo entra no seu gozo.
Paixão é quando sou sol,
nas mãos seu corpo,
o nu cativo de meus desejos loucos,
vezes insanos, como gosta.
Sou prazer quando busco seus recantos,
atalho seu sexo,
invado o caminho que um dia traçou,
um dia seu, hoje meu.
Palavras que a noite escreveu nas manhãs,
as vertigens impostas pelos não(s),
a música doce de um sim,
como o café depois, o cigarro e nós.
Deixo hoje seu corpo ungido do meu,
penitente de pecados e abusos,
deixo também a promessa de voltar,
à noite, amor, pela manhã volto a ser sol.
18/09/2006