SABE (II)
Em continuação ao poema publicado em http://66.228.120.252/poesiasdeamor/1383190


Sabe...
O quanto te quero só se mede em supernovas
é um querer tão grande que atravessa a vastidão
é como um leme teso rumo a um só coração
ao qual a fina flor do medo não lhe impõe à prova

Sabe...
o teu sorriso meigo são mil sóis inconsequentes
que infringe toda sorte de alvoradas num olhar
é o zênite de minha órbita infinda de te buscar
é fogo que me arde ao dizer tudo que sentes

Mas, sabe...
De que nos serve então criar até um universo
se o vácuo da saudade tira o ar de que preciso?
se não encontro um ponto entre o meu choro e o teu riso
que me torne sereno e menos incontroverso

Pois é, sabe....
Talvez eu seja mesmo alienígena - raridade
em um outro poema já ousei me escancarar
que há sempre uma saudade que não posso estancar
tal qual uma maré a ignorar a gravidade

Mas agora...
Que juntos já esboçamos um sonho
não sei quem de nós dois está certo
se sou eu que sempre esmoreço de saudade
ou você a quem basta ter me por perto

Ainda....
Todo meu sentimento
é pura verdade

E quer saber?
aos poucos você se rende
àquilo que esforça em negar

Que o seu coração fala
que o seu abraço me revela
e sua boca tenta esconder

Agora que tanto já temos
aceita o destino que pede:
não deixa esse sonho morrer...