Joia Rara
Meras quimeras
Aportam feito nau do velho mundo,
Neste cais cor de giz,
D’onde me deixou sem solidão
Trazendo-te, te guardando
Focando-te em preces do amanhã!
O sabiá na janela
Anuncia-te em preâmbulos cósmicos,
Auroras intimistas, flores renascentistas
Colorindo o olhar de menina,
Tatuando joias pelo seio!
Circulando teu rosto, singelo,
A luz te diz escrevente das violetas
No instante que me abro ao birô
Dirigindo vozes, instituindo pecados,
Alquimias da cor do amor!
O lençol cobre teu corpo, idílico,
Esculpindo-te em fantasias líricas
Anotadas ao partir do âmago,
Leitor dos sentimentos,
Musico romanesco!
Auber Fioravante Júnior
07/07/2010
Porto Alegre - RS