Configuração Íntima
Meus olhos olham para dentro de mim mesmo
E me desvendam um mundo de raras utopias
Em que uma simbiose de cores é meu retrato íntimo.
Minhas sensações tornam-se nevoentas e frias
E um deserto avassalador é o meu conteúdo
Totalmente abandonado e poluído...
Nada se vislumbra no vácuo que em mim se instalou
E nem as ondas transmitem sinais de emoção,
As vagas se quebram nas pedras do coração
Onde as luzes deveriam propagar o amor...
Nas cadeias montanhosas onde os órgãos desfilam
Há um filete que corre em seu curso encarnado
Formando um oásis em que estreito regato
Configura uma poluição plenamente desmedida
Onde o amor sobrevive e sutilmente respira!