O NEGRO DO SEU OLHAR



No espelho, dois olhos verdes,
esperança frágil a espreitar.
No reflexo, dois olhos negros,
estupefatos a me questionar.

Consulto toda a aquarela,
não há consenso no combinar.
Não há sequer pigmentação,
que concorde em nos misturar.

Por isso, continuemos assim:
Namorando com as mãos,
vez ou outra com o olhar.
Pois nem mesmo a natureza,
concordou em nos presentear.
Railda
Enviado por Railda em 11/08/2010
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T2431194
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