O NEGRO DO SEU OLHAR
No espelho, dois olhos verdes,
esperança frágil a espreitar.
No reflexo, dois olhos negros,
estupefatos a me questionar.
Consulto toda a aquarela,
não há consenso no combinar.
Não há sequer pigmentação,
que concorde em nos misturar.
Por isso, continuemos assim:
Namorando com as mãos,
vez ou outra com o olhar.
Pois nem mesmo a natureza,
concordou em nos presentear.
No espelho, dois olhos verdes,
esperança frágil a espreitar.
No reflexo, dois olhos negros,
estupefatos a me questionar.
Consulto toda a aquarela,
não há consenso no combinar.
Não há sequer pigmentação,
que concorde em nos misturar.
Por isso, continuemos assim:
Namorando com as mãos,
vez ou outra com o olhar.
Pois nem mesmo a natureza,
concordou em nos presentear.