Lua, prateada lua,
teus lábios cumprimentam
a minha alma nua.
Lua, silenciosa lua,
a viajar pela tarde
que à noite estua.
Lua, inquietante lua,
teu raio flutua
como uma sentença crua.
Nem a razão dos filósofos,
nem a paixão dos poetas,
tornarão de minha
essência o invólucro
para prender-me
à tua boca repleta,
entre a calçada e a rua.
teus lábios cumprimentam
a minha alma nua.
Lua, silenciosa lua,
a viajar pela tarde
que à noite estua.
Lua, inquietante lua,
teu raio flutua
como uma sentença crua.
Nem a razão dos filósofos,
nem a paixão dos poetas,
tornarão de minha
essência o invólucro
para prender-me
à tua boca repleta,
entre a calçada e a rua.