Quando tudo era saudade
Quando tudo era saudade
Você vem e me diz que foi silêncio
Tentei manter a calma
Limpar a minha alma
Limpar minha pele da sua
Livrar nossos suores
Mas foi profundo
E me debrucei rente ao abismo
Tentando varrer da minha vida
A minha outra metade
Que invade todo o meu dia
Nas horas de angustia
Não encontrei base
Meu chão se esvaiu
E fiquei a tua espera
A espera do teu arrependimento
Mas esse seu jeito arredio
Me deixou amargurado
Frente a porta que não mais se abriria
Gritei mesmo que sem voz
E como um grito de reconhecimento
Me espalhei sob a multidão
E me refiz em chuva, vento e tempestade