Quando tudo era saudade

Quando tudo era saudade

Você vem e me diz que foi silêncio

Tentei manter a calma

Limpar a minha alma

Limpar minha pele da sua

Livrar nossos suores

Mas foi profundo

E me debrucei rente ao abismo

Tentando varrer da minha vida

A minha outra metade

Que invade todo o meu dia

Nas horas de angustia

Não encontrei base

Meu chão se esvaiu

E fiquei a tua espera

A espera do teu arrependimento

Mas esse seu jeito arredio

Me deixou amargurado

Frente a porta que não mais se abriria

Gritei mesmo que sem voz

E como um grito de reconhecimento

Me espalhei sob a multidão

E me refiz em chuva, vento e tempestade

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 11/08/2010
Código do texto: T2430803
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