Pouco Importa Os Meus Ais

 

Pouco importa os meus ais, minha tristeza e minhas lágrimas...
Essa dor que machuca o coração e todos os ossos do meu corpo.
Amo o que me arrasa, que me arrasta, que esfola a minha alma.

Amo com ciúme e com egoísmo
Amo de forma exagerada e não pacifica
Amo com desejo com querer...

Minha vida se tornou vazia e sem
graça quando deveria ser o contrário.
Não há sorrisos...Tudo dói tudo machuca...

Obsessão? Paixão?
Não, é simplesmente puro amor...
Um estranho amor, incompleto amor.
Quem disse que o amor não machuca?
Quem disse que amar não dói?

Na escrita do poeta, amor já não tem mais perfume, não tem o toque da flor...
Ela arde e queima, tem sangue e amargura, silêncio, medo e exclusivismo.
O coração do poeta sangra não brinca mais com as palavras, não sonha nem fantasia...
Somente chora.

Que me importa a vida agora?
Se morrer amanhã continuará tudo igual. 
De que vale viver, se já me sinto morto.

Que me importa o dia se não vejo o sol que me importa a noite se não vejo as estrelas
que me importa o mar se já não consigo mais senti-lo.
Pode arrancar meu coração, pois eu já não o sinto mais, já não ouço mais o que diz
já não sinto mais bater com a mesma intensidade e alegria de outrora.

Que importa viver agora...
Pra que? Pra quem?


10/08/2010