Sou poeta
Quantas noites fiquei acordado,
Compondo versos, madrugada afora
Tantas vezes vi romper a aurora,
Sem que um minuto, tivesse cochilado:
Mas esta é a vida que o poeta adora,
E que para ele, é simples diversão;
Aguardar o instante da inspiração,
Sem se lhe importar, o tempo que demora!
Assim sou eu, para não fugir à regra,
Quando os devaneios minha mente integra:
Nada me perturba, nem tampouco me afeta.
Meu corpo, permanece em êxtase total,
Nem me lembro, que sou um ser mortal:
Mas jamais esqueço-me, de que sou poeta!...