Coração de Refém

Soa o bronze ao raiar do dia

E a noite dorme nos braços do arrebol,

A esperança que surge com o brilho do sol

Traz uma manta fina de pura melancolia.

No vaso a flor respinga seu orvalho

Ante o calor matutino da alvorada,

No devaneio curtido em plena madrugada

Resta uma solidão sombria sem atalhos.

O amor que na natureza floresceu

Traz no aroma a brisa suave do mar,

Sentir o sabor da flor após o desabrochar

É como falar do amor de Deus.

E, assim, um dia vai e outro dia vem,

Deixando o coração humano sempre de refém...

Ivan Melo / Lucas Alves

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 09/08/2010
Código do texto: T2428593
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