FAZERMO-NOS UM POUCO FELIZES
Alimentamo-nos de fitares difusos
Viajamos, somos olhados, olhamos...
Ansiamos pelo assombro pertinaz
Que deverá escapar
Dos poços esquecidos das íris
A sustentar-se nos céus
Em sensacionais luzes-matizes
Desobstruindo os desníveis do ar
Para fazermo-nos um pouco felizes...
Um dia, ao menos um só dia
Um olhar polido haverá de nos perfurar
E uma crueza de amor exemplar
Iluminará nossos ermos caminhos...