Siderando II
O mundo gira em seu ritmo alucinado e louco,
detendo as razões e proclamando dependências.
Os eixos que mantinham a lógica,
desmoronam com o passar do tempo.
Nebulosas manhãs anunciam outros dias.
Por onde andariam os amores?
Onde se esconderiam as alegrias?
Solitárias estrelas se confundem com seus brilhos,
constelações magníficas ao longe,
quando parecem aglomeradas numa proximidade íntima...
de perto, vaidosas e errantes...
por si próprias discriminadas.
Outros astros milenares revelam outras existências...
onde estariam os amores? Como alcançar-lhes as essências?
Longas têm sido as noites em que apenas observo
as nuances de um céu nem sempre azul...
insinuam-se novas madrugadas, mas amanheceu,
veio a alvorada, e lá se foi o Cruzeiro do Sul...
a lua brilhou no céu e causou um breve efeito.
O que parecia arrumado,de tão breve, está desfeito...
onde andariam as três Marias, das quais uma única me bastaria?
Seria aquela, que brilha bem longe...
Vênus de meu viver... senhora das minhas cores..
Céus! Onde encontrarei os amores?