Tudo e Nada - Passos da Mesma Estrada
Tudo é quando alongamos nossos olhos pelas horas da noite
à espera que cintile uma única estrela, a mais bonita,
sagaz, voraz, definitiva e, que sendo tão viva,
reviva o novo cruzeiro, no céu perene e azul,
porém, antigo e aturdido.
Nada, é só um vazio.
É frio e consiste em um deserto inteiro em seu nome.
E sendo vazio não pode ser nada,
há outra forma de ser denominada,
menos alegre e desagregada.
É uma falta de direção. Falta de liberdade, falta de vontade,
falta de desejo, é falta lamentável da tão sagrada Paixão!
Nada, não tem força alguma, não faz brilhar estrela nenhuma,
Nem nos olhos e tampouco retoma o antigo brilho,
que tinha o antigo coração.
Nada, não tem a força de nos fazer esquecer
quem realmente somos e, sonhar
Como se no mundo não existisse ilusão.
Como se a mudança estivesse pronta e ao alcance,
Bastando estender um pouquinho as mãos.
Falta não alimenta nem um pouco,
a alma carente de primavera, sedenta por floração.
Nada, não nos tira o sono, a percepção e nem a razão...
Sem falar da saudade que diante desse nada,
nos consome letra a letra, restando apenas um ponto,
uma enorme e suntuosa pausa ... uma interrogação!!
Isso tem outro nome!
É amor além do tempo,
paixão além da paixão...!
É cura para a sede da alma,
é alívio para os pés no chão.
É vôo lento, sempre buscando o céu
como derradeiro alento e, direção!
...
Isso tem nome, mais que isso,
tem vasta denominação ...
é o chamar da eternidade, para a felicidade
e, consternação.
...
Mas, tudo isso... o(ser) Poeta já sabe!
Desde outras quimeras,
antigas, de versos
saudade!
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