Pescador de ilusões

No barco entrei, tempo após

Em alto mar parei, a brisa soprava

A embarcação balançava

E eu atônito via o mundo que sonhei.

 

O cardume à superfície vinha

E feito prata brilhava

E no pensamento vozes eu ouvia:

- Me pesque, mas não me mate.

 

Da água retirei linha e anzol

Fiquei a observar movimentos

Eram tantas vidas a solicitar guarida

Que minha alegria virou lamento.

 

A embarcação pus retornar bem devagar

Barquinhos de papel fiquei a admirar

Girando, girando, eternamente
No meu pensamento a vagar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/08/2010
Reeditado em 08/08/2010
Código do texto: T2425662
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