Rostos.

Deixarei

o próprio tempo,

em sua verdade,

desvendar segredos,

gerar saudades.

Outros (vampiros)

irão sugar,

em desespero,

teus seios, teu dorso,

teu pescoço.

Em nenhum sentirás

o roçar dos meus pelos,

o inebriar

do meu cheiro,

da minha pele o gosto.

Não verás

o nascer do mistério,

o arrepio no corpo,

o milagre da luz, que reluz,

no meu-teu-rosto.

ROBERTO CAVENATTI
Enviado por ROBERTO CAVENATTI em 08/08/2010
Reeditado em 03/08/2022
Código do texto: T2425445
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