Sorrindo eu conto que amei.
Eu amo até a formiga
E uma abelha na sua labuta
Amo a lagarta feia que intriga
E a flor que tem a vida tão curta.
Amo o calor o vento e o frio
E tambem as pedras do campo
A campina onde serpenteia o rio
A coruja o canário e o pirilampo.
Sou amante da madrugada
E a neblina da linda manhã
Da primavera tão perfumada
Amo a minuscula flor da romã.
Amo o verde da floresta
E a brisa do amanhecer
A passarada toda em festa
E tudo que me inspira escrever.
Eu amo a conplexa psicologia
E a lua na suspensa na imensidão
O sol se pondo no final do dia
E a natureza na sua doce mansidão.
Eu fui criado para amar
E essa bela missão cumprirei
E se um dia nada mais restar
Sorrindo eu conto que amei.