Sonetto - Confessionário
O horizonte esquecido e os olhos perdidos;
N’outros corpos que não o do cristo,
Naus arribam em terras secas, bocas, sorriem risos fingidos.
Sina bandida (esta minha!). De só enxergar o conscrito.
Lamurias, com as quais aborreço; não abrirá os portais infindos!
E da arvore da vida, não colherei, os frutos doces, do vero rito;
A sementeira definhou e não tenho as mãos dos semeadores providos,
Cresce em mim a chaga, e é em demasia meu pranto contrito.
Na sebe em que deito as flores dos meus dias convertidos,
A terra seca se alarga e já é desumana a carga deste aflito,
Lanças perfuram carnes, enoitando o dia, dói ver estes adormecidos,
Seguindo rumos, a alcova dos lobos, onde padece a beleza do bendito,
Hinos de dor sobem ao céu e os olhos da estrela iluminam aos desprovidos,
E aquele que é solido na espada de Miguel, se põe á descoberto em versos doridos!
O horizonte esquecido e os olhos perdidos;
N’outros corpos que não o do cristo,
Naus arribam em terras secas, bocas, sorriem risos fingidos.
Sina bandida (esta minha!). De só enxergar o conscrito.
Lamurias, com as quais aborreço; não abrirá os portais infindos!
E da arvore da vida, não colherei, os frutos doces, do vero rito;
A sementeira definhou e não tenho as mãos dos semeadores providos,
Cresce em mim a chaga, e é em demasia meu pranto contrito.
Na sebe em que deito as flores dos meus dias convertidos,
A terra seca se alarga e já é desumana a carga deste aflito,
Lanças perfuram carnes, enoitando o dia, dói ver estes adormecidos,
Seguindo rumos, a alcova dos lobos, onde padece a beleza do bendito,
Hinos de dor sobem ao céu e os olhos da estrela iluminam aos desprovidos,
E aquele que é solido na espada de Miguel, se põe á descoberto em versos doridos!