AMANTES APAIXONADOS
Teto e parede assistindo fictício show
Mentes voltadas ao carinho fogoso
Paixão grande grafada em vermelho
Universo agrega sonhos e nega piedade
Imagens pitorescas em cadeados pintados
Cedo demais a Lua fartou-se do Sol quente
E trouxe-nos o brilho do amor em taças
Repletas dum líquido misterioso e lisonjeiro
Mata-se o que adora e depois chora-se
Como num ritual de ser humano inexato
Que erra e depois dá o golpe de imbecilidade
E o que é o perdão senão a falta de dores?
A paixão o amor e o ódio sentam-se na praça
E abraçam-se no palco da misericórdia farta
Esculpindo golpes bravos e íntegros de amor
Ciprestes campas rodeadas de pastores brancos...