CASAMENTO PERFEITO (Parceria de Sensibilidade com Vera Jacobina)

Enfim se casaram

o poeta e a poesia...

num ato discreto,

com muita alegria,

foguetes, folguedos,

fanfarra, cantoria.

Foi após ter-se dito:

por esse povo ousado...

tanto tempo o namoro,

que rito demorado!

Mas tudo o que é sempre bonito,

tem sua leva de encantado.

E ninguém punha mais fé

nesse ato incontido,

pois, não mais esperavam

esse enlace curtido...

fez-se em relance o lance

e eis que, em Jacobina

se lhes deram a chance

a que a nupcial valsa dancem

atendendo ao romance

entretendo ao Cupido!

Ali mesmo, Jacobina

escolhida pro foro,

pra fugir da rotina

deram de convidar

o Jacó e a Bina

para enfim testemunhar

essa bendita sina

e beneditas bençãos de Dito

e Tonho que trocaram a batina

pra celebrarem o matrimônio...

o importante de tudo

é o momento feliz

celebrado à noitinha

na Igreja Matriz!

O poeta tão sábio

E num tom tão pomposo

Disse à sua amada

num tom carinhoso:

amor de primeira

e à primeira vista

desse amor que desvela

com toda conquista...

amor de todo o sempre

e há de se perder de vista

que nem a morte separa

pois a vida repara

toda falha que exista!

Foram eras e eras

de namoro e paquera

mas tomaram a decisão

descobriram afinidades

condizentes ao coração...

Guloseimas variadas,

confeitado e grande bolo,

buquê arremessado

ao ar como consolo...

Ih, quem pegou o ramalhete

u'a solteirona renitente...

chamada Poema

poetisa da gema!

Valeu a pena esperar

por essa graça ditosa,

e assim se espera uma safra

em uma prole generosa

de lirismos encantados:

Sonetos, Cirandas,

Prosas-poéticas

ou poéticas-prosas,

céus azuis, tantas rosas...

aromadas e airosas,

poetrix, indrisos, haikais,

parcerias e duetos

e até no imaginário,

num insite de um clic,

com Obelix e o Asterix...

muitas trovas, tantos ais...

motes bem sugestivos

diversos versos metrificados

ou apenas “sensitivos”,

poesias concretas

ou parnasianianas

sentimentos e atrativos

lançados ao universo

onde o verso se une uno

no inverso dessa tribo

sempre ileso e imune

como todo aquele verso

que o bem e o amor reúne...

Foi assim que se deu

essa história de amor

que se bem reparada

parece-se com um louvor

à nossa própria história...

com fervor aqui contada

num capítulo desse recanto

aos sorrisos e sem pranto

escrito com intenso encanto

por nós assim chamado

“Um Amor de História de Amor”.

Além de tudo, sincera

dentre histórias de amores,

pintada e ponteada numa tela

decantada e cantarolada

por essa dupla de autores

que é Fernando e também Vera.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 05/08/2010
Reeditado em 11/08/2010
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