VOZEIO

Dizeres de amor são dizeres de dor.

São contos de alma despedaçada.

Perfume de Ipê que nunca deu flor.

Murmúrios de rio de água parada.

Dizeres de amor são gemidos de pranto.

São ditos de peito que não fala nada.

São gritos de aves negadas ao canto.

Arpejos pixados em muros na estrada.

Dizeres de amor são ecos distantes,

de choro que um dia foi doce risada.

Barulhos de asas em voos rasantes,

buscando a presa, que morre...

...calada

Dalto Gabrig
Enviado por Dalto Gabrig em 05/08/2010
Reeditado em 05/08/2010
Código do texto: T2420101
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.