CAVALLERIA RUSTICANA

Desveste teu comportado torso

E investe tuas coxas de mim

Traze-me aglutinado a teu corpo

Como agasalhas o arrochado brim

Dispensa a moral dos fúteis refreios

Oferece-te nos moldes de uma mundana

Que adora dar-se de todos os jeitos

Aos homens que lhe dão boa barganha

Far-me-ei teu pelo corpo, pelo sumo

Não é hora ou lugar para a alma que ama

É a vez do cupido em total desaprumo

Abrasar desvairado as carnes em flama...

Enquanto naufragas ancorada comigo

Em teu sumidouro melado

Abocanha meu membro ouriçado,

Esfaimado abaixo do umbigo

Engolfemo-nos num tremor alucinado

Fraturando os estrados da cama

Enquanto te resfolegas montando-me

Num som celerado e bravio: Cavalleria Rusticana