cicatrizes
cortei-me com navalhas criadas por mim
enfim vi o céu sangrar e se ajoelhar
em redenção
vi minha carne estilhaçada
rubra e mimada
por beijos que me concederam o meu inferno particular
e os anjos bem que me avisaram
e as flores exalaram seu perfume em advertência
e eu sem prudência me deixei conduzir
e nado contra a força que tem as águas
contra os sentimentos que não me convêm
numa briga por espaços onde meu peito é refém
sem saber porque, nem pra quê, nem por quem....