“R”
Tenho um amor de folhetim.
Amor de Julieta, de Evita,
de Anita, de tantas outras
protagonistas femininas.
Mas todas elas, bem sei,
não tiveram um final feliz.
Concluo: puxa que bom!
O meu não será por exclusão,
por isso sorrio quase infeliz.
Não queria um amor qualquer
quadrado, com final previsível,
escrito em pergaminho.
Daqueles que se raspam
e se reescrevem...
Fui atendida, mas amo sozinha!
Ele veio em formato de triângulo
bem estreitinho...Com rabiscos.
Não poder enviar carta com nome
já é o nosso grande castigo.
Simplesmente escrevê- las,
é o bastante pra mim.
Um dia, elas também ficarão no museu,
iguais às cartas de Exupery.
E vão se perguntar:
“Pra quem será que ela escreveu?
Vejam! - dirão os curiosos -
tem a letra ‘R’ no começo e no fim!”
Tolos! - direi eu -
A letra “R” é porque enderecei
a carta duas vezes pra mim!
“R”
Tenho um amor de folhetim.
Amor de Julieta, de Evita,
de Anita, de tantas outras
protagonistas femininas.
Mas todas elas, bem sei,
não tiveram um final feliz.
Concluo: puxa que bom!
O meu não será por exclusão,
por isso sorrio quase infeliz.
Não queria um amor qualquer
quadrado, com final previsível,
escrito em pergaminho.
Daqueles que se raspam
e se reescrevem...
Fui atendida, mas amo sozinha!
Ele veio em formato de triângulo
bem estreitinho...Com rabiscos.
Não poder enviar carta com nome
já é o nosso grande castigo.
Simplesmente escrevê- las,
é o bastante pra mim.
Um dia, elas também ficarão no museu,
iguais às cartas de Exupery.
E vão se perguntar:
“Pra quem será que ela escreveu?
Vejam! - dirão os curiosos -
tem a letra ‘R’ no começo e no fim!”
Tolos! - direi eu -
A letra “R” é porque enderecei
a carta duas vezes pra mim!
“R”