PERDOA-ME PORQUE TE AMO

Um dia eu percebi que nada mais eu percebia

E senti que já não sentia a antiga paz dos meus terrores

Vendo os felizes horrores no sol das noites em que me via

Secando-me quando chovia no inverno banhado por flores!

Diretos e retos tornaram-se todos os rastros em círculos

Talhando infindos fascículos na história que o tempo não viu

Abraçado ao bem que do mal me serviu, repleto de mitos

Todos bonitos e ditos no vácuo dos gritos do pranto que me sorriu!

Pudera ser sorte não fosse a discórdia do sim com o talvez

E descrito uma única vez já dizia o que não queria saber meu querer

Derrota obtida ao vencer, obra cumprida na lida que não fez

A força dos reis num plebeu coração impedido de bater!

Que se dá nessa parte total do tudo que eu sou

Que enganou a verdade, esganando a ilusão

Que negou tua paixão ao chamado infeliz do meu amor

E sequer me condenou a ser absolvido por teu perdão!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 03/08/2010
Reeditado em 03/08/2010
Código do texto: T2416389
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