As vezes

As vezes sinto medo
medo de não mais sentir medo
De me entregar por inteira
neste teu amor de incerteza
nas garras de sua destreza

As vezes quero fugir
pra não mais sentir
este amor a eclodir
e te ver um dia partir

Mas no instante seguinte
me tomas de um jeito
me acolhe em teu peito
e afastas meus receios

Mas de que adianta?
Se teu amor, se diz sonho...
se tantas vezes renega
os sentimentos que lhe proponho

Perdida na solidão de suas quimeras
entre noites estreladas
Sigo com a esperança alojada
no intimo de meu ser

Quem sabe ainda percebas
e desarme sua estupidez
e que assim desabe os muros
que silenciosamente nos afastam

Sigo contigo...qualquer caminho,
qualquer estrada...você vem?

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 02/08/2010
Código do texto: T2414228
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