LUZ DA MINHA VIDA
O sol, insistente, bateu em minha janela
Me convidando a ver, tal qual aquarela
O doce alvorecer de manhã tão bela...
Eu lhe disse – não
Enfim, já de tardinha
A brisa tão fresquinha de tarde estonteante
Me chama, viajante, pra dar uma voltinha...
Eu lhe disse - não
- Eu sou do anoitecer...
Do brilho das estrelas
Do céu de escurecer pra tudo ser mais claro
Eu tenho um brilho raro difícil de prever
Meu erro custa caro
Mas sou poeta por sofrer...
À noite, a lua nova me faz enlouquecer
Se Vênus me fascina
Que dirá Marte, bem querer...
E atenta, olhando todos
Adormeço ao bel prazer...
Ah! Luz da minha vida
Vivo fingindo não te ver...