SAUDADE

Saudade

Sentir saudade é tão subjetivo e relativo

Como conjugar o verbo no Pretérito perfeito

Por isso não sei explicar esses sintomas que se movem em mim

Esses sintomas de “sentir por sentir”

Sentir essa saudade de você que eu nem ao menos conheci

Saudade do teu sorriso que nunca vi

Saudade de suas palavras imprevisíveis

Saudade de tentar te decifrar

De tentar tantas vezes sem sucesso te conquistar

E de sua presença recente e marcante

Saudade de se sentir feliz em horas vagas da madruga

Até saudades dos seus avisos prévios para eu não me apaixonar

Das nossas limitações, das nossas promessas anotadas

Em infinitas criações,

Das nossas gírias íntimas e sem significado gramatical

E como não se lembrar dessa nossa mania de falar “ né “

“Né “ que ninguém vai entender, “né “ que só a gente conhece o que é

Saudade que não permite te esquecer

Saudade que me torna tão dependente a te escrever

Saudade talvez tão exagerada quanto um pecado mortal

Saudade prova do que precisamos para saber

Que não é nada casual, nem carnal seria ir além falar que é espiritual

Como filmes de terror, ou simples medo de grilos verdes que não são grilos

Saudade de imaginar você fugindo daquelas borboletas que voam sobre teu quintal

Saudade sem limites, saudade que quero matar

Quando meus olhos encontrarem os teus

Quando seus lábios desejarem os meus

Saudade que quero matar

Quando a gente perceber que não da mais para ficar tão longe

Diêgo Vinicius
Enviado por Diêgo Vinicius em 02/08/2010
Reeditado em 02/08/2010
Código do texto: T2413090
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