Lamento, um poema passional
Edson Gonçalves Ferreira
I
Tu que não és Absalão porque me irritas
Se a rainha de Sabá visitou Salomão e Maria à Isabel
Carregadas de jóias, escravos e escravas exóticos
e o fruto e tu não vens!...
II
Como,
Como te atreves a não me servir quando estou louco de paixão,
Querendo arrancar de tua boca favos de mel em beijos voluptuosos
Tão voluptuosos que causariam inveja nos amantes
Sim, nos amantes mais famosos do universo...
III
Queria a grinalda dos teus cabelos
Agarrada nos galhos dos meus braços passionais
Arrancar-te-ia com a boca o suco jovem
E nem as taças de ouro e prata cheia de embriaguez se comparariam
Ao doce dos nossos beijos!
IV
Sim, dançaríamos juntos o movimento dos ventres
E as flores dos jardins da Babilônia invejariam as nossas
Como teu tesouro rodilhado de morenice
Onde fica o manancial que sacia minha sede de carinho
Ó amor, meu amor incondicional, sempre eterno!
V
O perfume do teu corpo recende a incenso
És o motivo da minha guerra e da minha paz
As éguas todas se excitam contigo no meu pasto
Vem, vem depressa que não te perdôo ausência, amor!
VI
Construíste um altar no sagrado do meu corpo, templo
Ardem ali velas imensas
Onde te espero para a reza besta, brutal,
Linda, divina e sangrenta
Pois a vida, amor, não tem outra canção.
Divinópolis, 01.08.2010
(releitura do poema Lamento publicado no livro “Beija-me em paz”
Edson Gonçalves Ferreira
I
Tu que não és Absalão porque me irritas
Se a rainha de Sabá visitou Salomão e Maria à Isabel
Carregadas de jóias, escravos e escravas exóticos
e o fruto e tu não vens!...
II
Como,
Como te atreves a não me servir quando estou louco de paixão,
Querendo arrancar de tua boca favos de mel em beijos voluptuosos
Tão voluptuosos que causariam inveja nos amantes
Sim, nos amantes mais famosos do universo...
III
Queria a grinalda dos teus cabelos
Agarrada nos galhos dos meus braços passionais
Arrancar-te-ia com a boca o suco jovem
E nem as taças de ouro e prata cheia de embriaguez se comparariam
Ao doce dos nossos beijos!
IV
Sim, dançaríamos juntos o movimento dos ventres
E as flores dos jardins da Babilônia invejariam as nossas
Como teu tesouro rodilhado de morenice
Onde fica o manancial que sacia minha sede de carinho
Ó amor, meu amor incondicional, sempre eterno!
V
O perfume do teu corpo recende a incenso
És o motivo da minha guerra e da minha paz
As éguas todas se excitam contigo no meu pasto
Vem, vem depressa que não te perdôo ausência, amor!
VI
Construíste um altar no sagrado do meu corpo, templo
Ardem ali velas imensas
Onde te espero para a reza besta, brutal,
Linda, divina e sangrenta
Pois a vida, amor, não tem outra canção.
Divinópolis, 01.08.2010
(releitura do poema Lamento publicado no livro “Beija-me em paz”