*** AMOR NA SELVA ***
Levou no barco a amada para longe,
Seguiu o sol que aquecia e iluminava,
Sentaram-se do outro lado do rio,
Espelhando-se nas águas límpidas e calmas,
E deixou o barco sozinho à deriva.
O sol se pôs e ficou a espera da lua,
Índia corajosa sem nenhum temor,
Cavalheiro enfrenta tudo com a força do amor.
Enfeitiçado pela meiguice do olhar e os lábios desenhados,
Acaricia os cabelos da amada que sobre os ombros caem,
A lua ilumina o rosto destacando a beleza da mulher selvagem.
Lábios que se tocam, mãos que afagam e respiração ofegante,
Os bichos silenciam na mata em respeito aos amantes,
Apenas os movimentos dos corpos que se unem entre as folhagens,
As almas deliram em amor e festa
O fogo queima e aumenta chamas,
Nenhum perigo de incendiar a floresta.