Encontros
Os olhos afogam-se em lágrimas
A cabeça em estonteante devaneio
Alegria falsa torna em lástimas
Com a mesma rapidez com que veio
Seu sorriso congelado na fotografia
Olhos ferrados nos meus
Transpassando o retrato a nostalgia
Em pensamentos negros de adeus
Teu semblante puramente afilado
Cotilédone tímida esmagada
Amor dilacerado por um sabre afiado
Desmistifica-se em nada
Lágrimas salgadas por teu rosto
Gotas cristalinas da tua dor
Salgando teu doce gosto
Transparecendo teu amor
Devaneios ascendentes de desejo
Que terminaram ao contrário
Na explosiva química de um beijo
Lentamente incendiário
O azul do mar azul do céu
Amor, amor - a morte do sentir!
Frutos sagrados ao léu
Percorro teu rosto até sorrir...
Teus olhos negros e brilhantes
São mensageiros náculos sinceros
Trazendo à tona o que fomos antes
De o céu desabar sobre o inferno
Escombros do sentir
Pisamos em solo arenoso, deserto aberto
E a última gota do elixir
Não quebrou o mortal veneno...
Guardo a espada na bainha
Com os músculos cansados da batalha
Pra convencer-te por ser minha
Nesta vida tão ingrata...
Enquanto isso, encontramo-nos em outro beijo...