Encontros

Os olhos afogam-se em lágrimas

A cabeça em estonteante devaneio

Alegria falsa torna em lástimas

Com a mesma rapidez com que veio

Seu sorriso congelado na fotografia

Olhos ferrados nos meus

Transpassando o retrato a nostalgia

Em pensamentos negros de adeus

Teu semblante puramente afilado

Cotilédone tímida esmagada

Amor dilacerado por um sabre afiado

Desmistifica-se em nada

Lágrimas salgadas por teu rosto

Gotas cristalinas da tua dor

Salgando teu doce gosto

Transparecendo teu amor

Devaneios ascendentes de desejo

Que terminaram ao contrário

Na explosiva química de um beijo

Lentamente incendiário

O azul do mar azul do céu

Amor, amor - a morte do sentir!

Frutos sagrados ao léu

Percorro teu rosto até sorrir...

Teus olhos negros e brilhantes

São mensageiros náculos sinceros

Trazendo à tona o que fomos antes

De o céu desabar sobre o inferno

Escombros do sentir

Pisamos em solo arenoso, deserto aberto

E a última gota do elixir

Não quebrou o mortal veneno...

Guardo a espada na bainha

Com os músculos cansados da batalha

Pra convencer-te por ser minha

Nesta vida tão ingrata...

Enquanto isso, encontramo-nos em outro beijo...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 29/07/2010
Reeditado em 29/07/2010
Código do texto: T2407468
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