Não me digam...
Não me digam dos azuis do tempo
De quem espera o caminhar florido
E se poupa e se queda no silenciar.
Não me digam do oscilar do vento
Que ondulava o cabelo comprido
De quem soube, um dia, comigo caminhar.
Não me digam da tempestade
Que devasta um ser
Em ondas de frio e de calor.
Não me digam saber mais que a verdade
Que se revolve em ares de saber
Se do que se fala é de amor...
É de amor!
Que cinge, torna a alma pura.
Que expande o perfume da flor.
Esse amor
Misto de calmaria e loucura
Que dá à vida outro sabor.
Não me digam porque bem sei (exclamo!)
Não me digam porque já amei (e amo!)
E é bem assim...