JARDIM DA ESPERA

Um coração cheio de flores

não percebe espinhos.

Caminhos tortuosos e tristes

me levaram até sombra meiga,

onde bebi de uma fonte pura e cristalina.

Em plena floração fui podada

e sem o carinho e dedicação

ficou vazio o lugar antes ocupado

por tão laborioso jardineiro.

Não possuo mais os cuidados de antes

e tal qual flor delicada e rara, posso fenecer.

A poda foi radical e dolorosa:

_Não há esperança de um rebrotar.

Fátima Duarte
Enviado por Fátima Duarte em 29/07/2010
Código do texto: T2407284
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