RECANTO DA PAZ
Enquanto o tempo passa velozmente contagiante
o sol mergulha o mundo numa trégua por um instante; então aquece a pele enquanto o vento passa uivante,
a chuva deita e lava o choro amargo à tez do infante!
No céu do horizonte a escuridão recrudescente
o sonho arregalado alimentava o coração;
a madrugada surda surpreendente, decrescente
trazia ao dia as lágrimas do ocaso, e da paixão.
O amor querendo impôr-se foi soprando o vento uivante
a luz – clarão do dia fez do sonho fantasia;
o infante recobrou no fim da tarde seu decante
em regozijo mostra, atento ao tempo seu semblante,
ardendo no calor, o peito cheio de alegria,
o apaixonado, amado, brande a paz no seu recanto.